sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Kaká conta sobre período com pubalgia

O brasileiro Kaká concedeu uma entrevista a ESPN americana onde conta o drama que sofreu quando a pubalgia o tirou dos gramados por meses. Segundo o mesmo, foi um período em que ele "trabalhava, trabalhava trabalhava e, mesmo assim, sentia muito incomodo. Foram momentos muito difíceis".

A dor o levou a um estado de desespero. Não podia mais render e o público começou a questioná-lo. "Diziam que eu não estava jogando por estar me preparando para a Copa do Mundo. Quando se chega a um nível, tudo o que fazemos parece não ser o bastante", disse. Mas Kaká não cruzou os brasços e buscou soluções. A chegada de José Mourinho ao Real Madrid foi vital para sua recuperação: "Eu tinha muita vontade de trabalhar com ele, conhece-lo de perto e claro, aprender coisas com ele"

Durante a pré temporada com o novo técnico, as dores iam e e viam e tudo levava a crer que uma cirurgia seria inevitável. "Não me sentia bem. Além das dores no púbis, meu joelho também doía muito. Ele me acalmou e disse para ficar tranquilo e me recuperar bem, sem pressa ou medo. Passei então pela mão de profissionais de primeira qualidade, com uma tecnologia de ponta. Ao final, o período inativo ainda me deixou com um desequilíbrio muscular muito grande em minhas pernas".

Ricardo Kaká ainda confessou que sua lesão chegou ao ponto de ser mais psicológica do que física: "Quando se está fora e sem condições de poder ajudar, nos sentimos muito impotentes. Eu não podia mais fazer nada. Houve dias de levantar e não ter ânimo para fazer absolutamente nada. 'Não é possível', eu dizia para mim mesmo. Fazia tudo certo e mesmo assim as dores continuavam. Já não sabia mais o que fazer. Não era mais apenas uma lesão física, mas também mental. Era muito difícil manter o psicológico no lugar".

Hoje, depois de passar por um período de adaptação a volta aos gramados, o braileiro voltou a sorrir. Pouco a pouco, o ex são paulino foi saindo do banco de reservar e se tornou titular na armação das jogadas, ao lado de Özil. A dupla vem fazendo ótimos jogos, se alternando entre gols e assistências decisivas e, se continuarem nesse ritmo, Mourinho terá muita dor de cabeça com a eminente volta do argentino Di Maria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário